Wednesday, January 16, 2008


Vamos lá ver se a gente se entende; eu não sou contra o casamento apenas acho que a forma idilica de como o imaginamos não é real; Quando vos recomendei a ler o artigo da happy não queria nem de perto nem de longe impor uma posição que aliás nem é a minha.

quando vos recomendei a ler o artigo da happy foi apenas e exclusivamente para leitura e conhecimento de uma nova tendência que neste momento tende a ser maior. Mulheres solteiras, profissionalmente bem sucedidas autónomas e de bem consigo próprio.


Também quando recomendei a ler a revista happy não esperava que especies do sexo masculino me dissessem que o faziam, na medida em que a happy é claramente uma revista cujo o target é o público feminino. Porém aqui vai um conselho para os homens incompreendidos. Se calhar ler a happy seria uma boa forma de comecarem a perceber um bocadinho do mundo oculto das mulheres; a desmitificar aquilo que vocês chamam complexidade femimina.
Quanto a forma que eu vejo o casamento, pois bem, tenho a dizer-vos que sempre acreditei que o casamento era a "chegada" aquilo que vemos nos filmes de "e viveram felizes para sempre". lamento decepcionar algumas pessoas mas não é bem assim. o casamento não é a chegada mas sim o começo de uma nova forma de viver a vida, em partilha! Para uns é optimo para outros não tão bom. penso que os que mais sofrem são aqueles que tendecialmente gerem a sua vida de forma autonoma e independente! por vezes acatar opiniões e atitudes de outros pode não ser tão bom. achamos que sim mas a pratica mostra-nos muitas vezes que não é tão facil.
O casamento é exigente na gestão quotidiana na medida em que obriga a pensar a dois o que nem sempre acontece. obriga ao diálogo, à confiança mutua, ao espaço, ao respeito,
à tolerância à amizade ao interesse e a descoberta constante. Naquilo que me é dado a conhecer e naquilo que é a minha experiencia tudo isto dá lugar na maior parte das vezes à monotonia, ao sentir que já é um dado adquirido e ao comodismo.

É uma especie de anestesia, em que deixamos de sentir, de ver, de tocar, de procurar de estimular e de querer agradar, apenas existimos - so me lembro de uma frase que muitas vezes o meu filho de 20 meses diz - mama á tá (tradução: mamã já está) . Ok já casei prontos já está!

Não acredito que todos os casamentos sejam assim mas aceito que esta seja uma tendência cada vez mais das pessoas e a prova disso são artigos como os da happy. e isso dá que pensar!

Ainda assim eu continuo a acreditar num final feliz!




7 comments:

Kikas said...

Felizmente ainda há quem acredite num final feliz. Eu confesso que deixei de acreditar. E quanto mais conheço o ser humano, menos acredito. Acredito que há pessoas que se acomodam e continuam uma vida conjunta, com carinho um pelo outro, pelos anos passados juntos. Mas não acredito nesse final feliz, ainda com amor, paixão, partilha e vontade de realmente estarem juntos.
Quanto ao facto de que as pessoas que sofrem mais são as independentes, não concordo. Pois acho que essas são as que sofrem menos, pois não sentem tanta necessidade de estar com a outra pessoa, apenas precisam de espaço. Enquanto que as outras pessoas, as mais dependentes, as que têm uma grande necessidade de atenção e carinho, é que sofrem mais. Pois ao longo dos anos, as pessoas vão se afastando naturalmente, e são essas pessoas que sentem mais a ausencia do outro.

Anonymous said...

Há muita gente com companhia que na verdade estão sozinhas... e isso é que dói.

Van Zeller said...

Minha cara Menina do Bairro,

As suas palavras são de uma sabedoria excepcional. O Casamento, enquanto modo de vida, é de facto algo que tem que ser vivido a dois e com a mesma intensidade de ambos os lados, correndo o risco de cair em monotonia se assim não for.
Quanto ao seu conselho de ler a Happy para compreender a complexidade feminina... desculpe que lhe diga mas isso é para meninos. A complexidade feminina existe apenas nas cabeças dos homens que veêm as mulheres como seres de um mundo à parte. Eu não acho que as mulheres são complexas, aliás, acho que são bem mais práticas que a grande maioria dos homens.
E acredito que, de uma forma ou de outra, a minha cara amiga vai conseguir aquilo que tanto deseja!

Um beijo

maria teresa said...

Querida amiga blogueira, sem dúvida temos que acreditar que os finais felizes existem. Não são apenas propriedade dos contos de fadas nem dos filmes, basta olharmos em volta, quantos casais velhinhos vemos por aí? Até há bastantes... casados há 60 anos e assim e até mesmo casais de meia idade que já deram o nó há trinta e tal anos permanecendo incandescentes de paixão.
Depende das pessoas, depende do grau de entrega, depende do respeito, da amizade, da sinceridade e principalmente da vontade em lutar por algo comum: uma vida a dois.
Porque é que há tantos divórcios nas camadas mais jovens? Creio que a resposta é simples, ao darem o nó não se tornaram um,nem têm capacidade de entrega, à minima coisa não têm paciência para aturar. Claro que temos que continuar como seres individuais, não vamos ao extremo em que um se apaga perante o outro, mas temos que ver como duas pessoas que se tornam uma e cada um individualmente tem que manter as suas duas metades em equilíbrio.
Há que ter paciência, mas também não se pode ter ataquezinhos de nervos a cada desacordo entre metades. O diálogo é essencial, quantas casais a viver anos e anos sob o mesmo tecto não se sentem à vontade para abrir a sua alma ao seu conjuge, despejarem todos os seus anseios e frustrações de modo a ambos poderem trabalhar por um interesse comum: a vida a dois. Zangam-se por 1 das metades ao fim ao cabo não ser bruxa, há pessoas mais sensíveis que se apercebem que algo está mal espiritualmente com o seu parceiro, mas a maioria das pessoas não tem essa sensibilidade (então os homens,e não é por mal coitados, é como foram talhados, ao fim ao cabo Deus não teve que criar Eva porque o ser que tinha criado estava incompleto/imperfeito? lol), há que dizer e não esperar que adivinhe porque pode ser tarde demais.
São batalhas que se travam ao longo da vida, mas faz parte da condição dos seres vivos, uns lutam para sobreviver e outros(humanos)para serem felizes, Este é a eterna busca pelo Santo Graal.

Beijinhos

Francisco TD said...

Eu acredito em finais felizes! Basta querer e crer. Claro que não há um botão mágico que ao ser pressionado nos faz viver uma felicidade eterna. É necessário batalhar por ela. E mesmo que pareça que estamos a andar ao contrário, desde que acreditemos, o final feliz vai acontecer!
Se o seu casamento está a tornar-se monótono, terá de arranjar mecanismos para o tornar mais excêntrico, diferente. Às vezses, bastam pequenos gestos.
O dia do casamento, não é o botão mágico, é apenas o índice do livro de um conto de fadas!
Fique bem!
Francisco TD

Manuela Peixoto said...

é bom saber que ha pessoas q acreditam em finais felizes...

gostei mto da parte de mulheres autónomas e bem sucedidas, gosto disso, quero isso!

RUTE said...

Eu apenas acho que todos os relacionamentos têm um prazo de validade.

Se o prazo de validade do teu casamento já expirou podes ser multada por continuares nessa prateleira.

Faz favor de procurar outro final feliz pois a vida não se limita a um momento feliz. Se não és feliz agora, vai procurar a tua felicidade noutro lugar.

Só não acredito na felicidade em plena solidão e sem partilha.

Diz ao teu filho que apesar de "á tá", ainda há solução. Só a morte é que não tem solução, de resto tudo pode ser alterado.