San Francisco home

Muito inspiradora, muito familiar muito em casa.

Quase quase de regresso mas sem qualquer vontade....

Hoje vs amanhã

Hoje trago no meu peito o cansaço da nossa viagem; trago nos meus olhos as lágrimas da tu indiferença, trago nos meus lábios as palavras que os teus ouvidos insistem em não ouvir; trago no pensamento as questões que as tuas atitudes tendem em não responder; trago no meu coração a esperança de que vale a pena acreditar;

Se ao menos as tuas palavras, fossem coerentes com as tuas atitudes eu perceberia isto que me arrasta continuamente numa ilusão de que amanhã o futuro é nosso.

hoje queria fechar a porta definitivamente e não deixar entrar mais vento o que me sopra aos ouvidos palavras doces da tua chegada. Se tivesse forças fecharia a porta e trancaria a sete chaves para que não voltasse a correr o risco de aos primeiros raios de luz da alvorada do dia a minha esperança me fizesse correr para a porta na esperança de que talvez hoje, hoje fosse o dia que voltavas para mim.

Shiu

hoje só me quero a mim; deixa me estar aqui sentada no meu silêncio, sem ninguém, sem medos, sem pressões, sem julgamentos, sem pensamento. apenas eu e a minha espera...as lágrimas correm sem qualquer vontade de esperarem por acontecimentos mais dignos. aqui estou sentada, neste vazio tão cheio. aqui estou sentada no meu SOU, sem cargo, grau de parentesco ou posição; que liberdade...ainda que por momentos que liberdade...

Não sei como o fazes...

mas que o fazes, fazes! olhas para mim com ausência, ris-te com indiferença, e despedes-te com arrogância. tudo bem! hoje foi só mais um dia que conseguistes derrubar qualquer esperança de chegar a ti. tentei evitar as lágrimas mas confesso que o pensamento em ti teimou em ficar no meu coração.

doi...muito! não sei como o fazes nem até mesmo como o consegues fazer mas que o fazes de uma forma exemplar fazes! parabéns! hoje o teu desprezo ganhou.  

indecisa

Estou indecisa sobre o que é perdoar...se aceitar ou se esquecer...ainda não sei!mas definitivamente eu quero é andar para a frente!

Mensagem não enviada

Hoje peguei no telemóvel para te enviar uma mensagem, senti que precisavas de mim ...de conforto de algo que te pudesse acalmar! não que eu te tivesse visto afilto mas te senti perdido!

Hoje peguei no telemóvel e fiquei a olhar para ele com se o meu caminho dependesse das teclas que eu  por instinto ia digitando mas que por medo nem uma toquei!

Hoje peguei no telemóvel para te escrever simplesmente isto: " não faz mal sentir que as nossas escolhas nem sempre são aquilo que verdadeiramente queremos; não faz mal sentir que as escolhas que fazemos com o coração são aquelas que mais dor nos podem trazer e por isso fugimos delas a sete pés; não faz mal sentir uma coisa que não se pode dizer, que não é suposto acreditar e que não é racionalmente falando correcto; não sou ninguém para opinar sobre a tua vida ou julgar o teu caminho;  Eu apenas sou eu e quando precisares de mim estarei onde tu me quiseres encontrar"

Era isto que te queria escrever, mas faltou-me a coragem por isso hoje peguei no telemóvel e ali fiquei parada a olhar para ele com a sensação de que apesar do coração apertado aquela mensagem não podia ser enviada...

não é fácil

Temperança, paciência, esperança, fé e coração limpo...é tudo o que preciso para chegar a mim!

Folhear

Folhear a tua razão faz-me sentir revoltada, zangada e perdida; não acredito na rocha de sentimentos que insistes em exibir, no vazio das tuas palavras e na frieza do teu olhar quando simplesmente reconheces loucura naquilo que digo e mero equivoco naquilo que sinto. sei que não posso estar doida..sei que as borboletas que se passeiam no meu peito e sufocam a minha garganta e limpam as minhas lágrimas não passam de fantasias. gostamos um do outro de uma forma que não se explica com retórica, que não se sente com hora marcada nem se vive sem entrega. o problema está ai...falta-nos a coragem para acreditármos que a nossa história ainda que dificil pode ter um final feliz; tenho medo que no dia que percebas isso seja tarde de mais... tenho medo que a tristeza e a dor que me fazes sentir dia após dia se transforme em indiferença...e ai eu desista de querer ler aquilo que por capricho não quisestes escrever! para já resta-me folhear a tua fuga...

Parabéns

Tu fizeste-me nascer de novo; não tenho palavras para explicar o que sinto quando te tenho nos braços e te aperto contra o meu peito...és o meu mundo e trouxeste-me de volta a mim. Amo-te!

Chegar a mim

Estou a tentar chegar a mim porque me disseram que esse era o caminho..não era preciso dizer! eu sei e não quero saber; ou melhor não queria saber!

Cada vez que que me aproximo de mim, encontro o outro como solução, escape ou simplesmente medo; ainda estou a perceber o que me faz fugir de mim. dizem-me que não quero aprofundar...

Mas estou a tentar chegar a mim e doi....doi muito; disseram que tenho medo de sentir e por isso arrumo os sentimentos em prateleiras e anestesio a dor. adormecida foi como estive este tempo todo e agora não sei ser...vejam só, simplesmente ser.

Escrever, escrever e escrever para me lembrar, escrever furiosamente para despejar aquilo que não posso partilhar e não consigo enchergar ...eu pura e dura.

Vou conseguir e não me canso de dizer para mim mesma "vai tudo correr bem" mas é certo em que há momentos em que penso que não tenho forças para precorrer este longo caminho que não me leva a nenhum lado a não ser a mim mesma, à minha essência e aquilo que é GOSTAR DE MIM.

Voltar...

Voltar porque sim...voltar porque tive saudade de voltar a escrever neste canto; voltar porque este blog foi um caminho que decidi precorrer para o bem e para o mal e desistir parece-me hoje um sinal de pouco sentido de vontade.

voltar porque a escrita me faz sentir aquilo que as palavras não conseguem agarrar.

benvinda a mim mesma....

desabafo...

Já há muito que por aqui não passo ... confesso que não tenho tempo e optei por ter um diário pessoal em papel que face a vida que tenho é de mais rápido acesso para escrever qualquer coisa que me passe na cabeça e no coração. 3 meses ja passaram 3 meses desde que a minha pequenita nasceu e confesso que estou cansada mas de coração cheio, mais consciente mas desencantada. adoro os meus filhos, adora a maternidade e cada sorriso e abraço que recebo deles é como ganhar o euromilhões; tenho a sorte de ter crianças meigas doces e com o sorriso mais lindo do mundo, porém a correria para tentar chegar a todo lado deixa-me sem forças para me concentrar em mim e para investir seja em que for. ontem fui às compras com uma amiga minha isto porque olhei para o meu guarda fato e pensei aquilo que qualquer mulher depois de ser mãe pensa " não tenho nada para vestir" "nada me serve". la fui e percebi que estava desleixada o suficiente para começar a comprar tudo novo. Confesso que tenho evitado o espelho, até porque dá muito trabalho processar que tudo mudou o corpo, o estado de espirito, o tempo, a vontade, as prioridades.

não rejeito aquilo que me tornei até porque são decisões conscientes; sei que aquilo que sou hoje não foi so fruto da maternidade mas sim fruto do meu conformismo perante a indiferença e as exigencias dos outros. isso sim dexa-nos sem vontade de nos encarar.

Andar a correr atras daquilo que não vou receber é desgastante e fragiliza-me. tentar estar no patamar da perfeição perante a vida deixa-me sem alma e para quê? absolutamente nada.

perdi-me nesta confusão de ser quem querem que eu seja; boa esposa, boa mulher, boa mae, boa filha, boa profissional, boa amiga, boa nora, boa companheira pelo menos para os eventos sociais, boa e mais boa e mais boa. perdi-me porque já não sou aquilo que quero ser. apenas eu.

Desencantei-me comigo e não reconheço como meu o espaço que ocupo e a vida que tenho e talvez tenha sido a minha filha que com apenas 3 meses me tenha feito perceber isso. perceber que não sou boa sou apenas alguem e tal como ela precisa de colo para puder fechar pelo menos por um pouco os olhos e descansar sem medos.